segunda-feira, 27 de abril de 2009

Minha visão de mundo - Comentario sobre o filme "O dia em que a terra parou"


Vi o filme “O dia em que a terra parou” e senti uma sensação estranha, um medo, como se 24 horas fosse o máximo que eu vou viver a partir de agora. O filme trás uma mensagem clara: se não cuidarmos do que é nosso tudo vai acabar, vai morrer. O apocalipse pode não estar tão longe. Pais matando filhos, estupro de crianças, guerras, bombas nucleares, fome, miséria, individualismo, efeito estufa, acidente com coisas que o homem construiu, um matando o outro. Basta ligar a TV e assistir o noticiário. É um registro do mundo acabando aos poucos. Extinção de animais e plantas, em breve será extinção humana. O que podemos fazer para evitar o pior? Os veículos de comunicação social, ao mesmo tempo em que registram essa lenta destruição da nossa espécie, também oferecem ajuda. Em jornais, revistas, na própria Internet, pessoas movidas pela conscientização do que esta acontecendo mostram alguma saída, mas o estado é alarmante. Eu me pergunto, será que ninguém vê?é normal a miséria, a violência? Sabemos o que pode acontecer, não é novidade o que estou falando, mas o homem vai fingir que não vê ate que ponto? O filme também mostra que quando sentimos necessidade de mudar para sobreviver, nós mudamos; que a nossa espécie não vive apenas de destruição; mas como nos honrar de quem somos, se encontrar uma saída parece impossível? Parece impossível porque por mais que falem do efeito estufa e da violência, nos colocamos como cegos. O fato das outras espécies não poderem raciocinar tão perfeitamente como nós nos colocou em um pedestal, e parece que nos acomodamos. Talvez seja a necessidade de continuarmos lá em cima que nos faz matar todo o resto, sem pensar que o mundo é o alicerce, cavando assim a nossa cova. Eu tenho medo. Li na frase de uma colega de MSN a seguinte fala “eu temo pela minha espécie quando lembro que Deus é justo”. Destruímos o que ele nos deu e queremos piedade por todos os crimes cometidos e repetidos? Penso que já estamos condenados. Para quem não acredita em Deus, é claro também que estamos pagando pelos nossos erros com todas essas doenças, violência e morte. Acredito que no fundo há uma vontade de mudar, mas n mudar sozinho, pois é preciso que cada vez mais pessoas queiram isso. Alguém me disse uma vez que é uma reação em cadeia, passa de um para o outro. Acredito que ninguém vá querer fazer nada sozinho, e a maioria não faz nada. ACORDEM. Vale a pena sacrificar algo que não vivemos sem? Abro outra questão no texto. Tem um velho ditado “só damos valor quando perdemos”, nós só sentimos que é preciso mudar quando acontece muito próximo, ou conosco. Vamos esperar acontecer com nós mesmos para mudar? Não vai ser tarde demais? Sugiro uma reflexão sobre o que o mundo virou ate hoje e o que pode se tornar. Leia, se informe, procure mudar. Não caminhamos para um lado bom, tudo esta acabando: países em situação de emergência, pessoas sem água e comida, animais que nem existem mais. E eu tenho medo por que hoje cada um cuida do seu nariz, cada um na sua “bolha”, e os que cuidam para que não seja assim freqüentam o mesmo espaço de quem não cuida, pagam o mesmo preço. Se nós sofremos hoje o que nossos antepassados fizeram, imagina o que a próxima geração vai enfrentar... É crueldade demais, não acha?

[Publicado também no Jornal Circulando, da Fundação Percival Faquar - Univale]

2 comentários:

  1. Muito bom mesmo lore, eu só discordo de uma coisa, que tambem discordei nesse filme, o ser humano não se adapta a ambiente algum, não é como um animal que descobre meios de viver, ele adapta o ambiente a ele, o que ca entre nós, não é a melhor das ideias =]

    ResponderExcluir
  2. Sou seu amigo a pouco tempo, mas já te considero uma GRANDE AMIGA, belo texto, análise perfeita.
    Beijão!

    ResponderExcluir